sábado, 15 de junho de 2013

Amor não tem garantia mas tem devolução.



Eu sei amar. Mas não sei fugir. Por isso, não tente me parar. Não me peça para não ir. Não me diga para tomar cuidado, eu não sei amar mais ou menos. Quando eu decido, eu vou. Entrego-me, me arrisco, me corto, me estrepo azar meu, sorte minha que nasci assim: vim ao mundo para sentir. Meu coração se esgarça, a vida se desfaz me embolo em mim mesmo, dou nó. E daí? A vida é minha. 
O amor é meu. Dou-me de bandeja pra quem eu quiser. Você aí quer? Quer mesmo? Então leva. 
Mas leva tudo. Leva e não devolve. Só devolve se eu pedir. Amor não tem garantia, mas tem devolução. Pode começar do nada, pode acabar de repente, pode não ter fim. Mas tem sempre o meio. Amor tem gosto de pele, língua e segredo. Amor tem gosto de cobertas, descobertas e travesseiro. Você imagina quantos homens existem em mim? Todo homem é uma surpresa, um livro mil folhas, um bombom diferente. Quer provar? Eu posso acordar doce, ficar amargo e até dormir ácido sem você perceber. Mas eu quero que você perceba. Eu quero que você se alimente do que há de melhor e pior em mim. Eu quero te mostrar cada gosto, te misturar, te revirar o estômago, te virar do avesso, jogar a receita fora. (Nada de banho-maria!). O amor não tem regras, o desejo não tem limites. Minha boca é do tamanho do meu coração.
Fernanda Mello

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